Talvez eu já tenha deixado esta reflexão por aqui. Mas acho que, quando algo faz muito sentido, vale a pena ser reforçado. E me desculpem mais uma vez, não sei quem é o autor da poesia abaixo.
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso toma a infelicidade como a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e ervas...
O que é preciso é sentir-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o ponte é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso toma a infelicidade como a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e ervas...
O que é preciso é sentir-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o ponte é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
Também não conheço essa poesia, mas que tem uma cara de Alberto Caeiro, tem...
ResponderExcluirMuito bonita...
ResponderExcluirA infelicidade só existe para nos lembrar o quanto somos felizes. E vamos sacudir o mundo!
ResponderExcluirAna Carolina
É sim do Alberto Caeiro.
ResponderExcluirFernando Pessoa usando um de seus heterônimos, Alberto Caeiro.
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