
A força atua do lado contrário daqueles que querem simplesmente fugir da situação, do medo, da responsabilidade. A primeira lição sobre isso eu recebi no meu primeiro estágio profissional, quando acompanhei timidamente o drama de uma colega que cuidava da mãe portadora de Alzeheimer. Enquanto muitos, alegando sensibilidade, preferiram evitar o contato com alguém que já foi tão cheio de vivacidade, minha colega enfrentava no cotidiano a dor de sequer ser reconhecida como filha. Mas sabia de seu papel, da necessidade de cuidar. Sabia que era preciso ser forte.
A partir daí fui observando quantas pessoas simplesmente fogem dos problemas. Um exemplo do que isso significa está no filme O Escafandro e a Borbeleta. Baseado na história real do editor da revista Elle francesa, ele narra o esforço do jornalista após sofrer um acidente vascular cerebral. Como conseqüência, ele só conseguia mexer um dos olhos para se comunicar com as pessoas. A vivacidade, energia e dinamicidade que eram suas principais características foram perdidas da noite para o dia.
Depois do AVC, esperava-se que ele tivesse o apoio de amigos e familiares. Em vez disso, teve de suportar a tristeza da solidão involuntária. Em dado momento do filme a namorada, que jamais o visitou, liga para ele, aos prantos, dizendo que não irá visitá-lo porque não deseja perder a boa imagem que havia guardado dele. Ele não a repreende, apenas comunica por meio de uma intermediária que sente sua falta.
Outras cenas parecidas repetem-se ao longo do filme. O que leva a pensar: existe fraqueza maior do que atribuir à sensibilidade suas falhas como ser humano? Ser forte é ser capaz de encarar os percalços, de olhar o problema com atenção, por mais que o coração fique em pedaços. É não deixar que a injustiça prevaleça tendo o medo como justificativa.
... ser forte preciso ser forte largar a mao de meus medos... e o que o comentario ai me fez percerber que isso so depende de min ...
ResponderExcluiré nao entendi nada dessa bosta
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